domingo, 21 de junho de 2009

"Crise não é minha, é do Senado", afirma Sarney

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reagiu às denúncias relativas a atos administrativos secretos, que beneficiaram parentes seus. Em discurso no plenário, o senador recorreu ao seu histórico para classificar as acusações de " injustas " e disse ser um dos maiores interessados na moralização da Casa. " A crise do Senado não é minha. A crise é do Senado. É essa instituição que nós devemos preservar. "

Admitindo ter pedido ao colega Delcídio Amaral (PT-MS) para lotar em seu gabinete uma sobrinha sua, Sarney disse não saber sobre o emprego dado a seu neto no gabinete do amigo Epitácio Cafeteira (PTB-MA). E deixou clara sua irritação quanto à denúncia de que essas nomeações ocorreram mediante atos sigilosos. "Não sei o que é ato secreto, ninguém sabe " , disse Sarney. Ele enfatizou estar na presidência do Senado há apenas quatro meses e disse que as denúncias de atos administrativos são relativas ao passado. " Nada em relação ao nosso período. Não temos nada a ver com isso."

No discurso, o senador não mencionou ter presidido o Senado também de 1995 a 1997 e de 2003 a 2005, mas relembrou seu papel como primeiro presidente da República após o fim da ditadura militar e sua oposição ao AI-5 (decreto que ampliava os poderes dos militares). "Depois disso agora ser julgado porque uma neta minha, um neto meu... falta de respeito " , disse Sarney, aparentando nervosismo. "É uma injustiça do país julgar um homem como eu, de vida austera, família bem composta, que preza a dignidade na carreira."

Pois bem, Senador!!! Por isso sempre defendi que todo membro do Poder Legislativo deveria ter DIPLOMA de bacharel em Direito. (mas para que diploma, né?)

E, se vocês, políticos, tivessem essa mínima formação em Direito, saberiam que todo e qualquer ato administrativo é pautado em alguns princípios, dentre eles o da PUBLICIDADE.

Saiba também senador, que PÚBLICO seria um antônimo à SECRETO.

Mas, deixa isso para lá: é tudo culpa do Mordomo.

Pergunte ao Gilmar Mendes, então, se Mordomo precisa de diploma e culinária?!

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